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Romi-Isetta: O Exótico Fabricado no Brasil

Romi-Isetta

Romi-Isetta: O Exótico Fabricado no Brasil. O Romi-Isetta é um dos carros mais exóticos já fabricados no Brasil. Sua aparência peculiar e tamanho reduzido fazem com que as pessoas virem a cabeça ao vê-lo passar. Lançado em 1956, o Romi-Isetta foi produzido pela Indústrias Romi, em Santa Bárbara d’Oeste (SP), sob licença da fábrica italiana Iso. Embora não tenha sido considerado oficialmente o primeiro carro nacional, devido à falta de uma segunda porta, o Romi-Isetta conquistou seu espaço na história automotiva brasileira.

 

Romi-Isetta
Romi-Isetta

O Carro Exótico

O Romi-Isetta se destaca por sua peculiaridade. Com apenas 2,27 metros de comprimento por 1,38 metros de largura, o carro aparenta ser ainda menor do que realmente é. Sua entrada é feita pela parte da frente, já que não possui uma segunda porta. O eixo traseiro é mais estreito que o dianteiro, conferindo ao Romi-Isetta uma aparência única.

 

Romi-Isetta
Romi-Isetta

Fabricação Nacional

A produção do Romi-Isetta no Brasil teve início em 1955, quando a Indústrias Romi começou a fabricar a versão brasileira do carro sob licença da fábrica italiana Iso. No entanto, devido à falta de uma segunda porta, o Romi-Isetta não foi considerado oficialmente o primeiro carro nacional. A fabricação do Romi-Isetta continuou até o ano de 1959, quando o último modelo regular foi fabricado.

Características e Desempenho

O Romi-Isetta possuía algumas características originais. O motor de partida e o dínamo, responsável por alimentar o sistema elétrico de 12 volts, eram combinados em uma única peça. Sob o banco do motorista, havia uma torneirinha que permitia a passagem para a reserva de combustível, com capacidade de 3 litros, do tanque de 13 litros. A transmissão era feita por duas correntes, que transmitiam a força do motor para as rodas traseiras.

 

Romi-Isetta
Romi-Isetta

Motorização

Os primeiros modelos do Romi-Isetta eram equipados com um motor dois tempos de dois cilindros. No entanto, para o modelo de 1959, a fabricante anunciou uma novidade: um motor BMW de quatro tempos monocilíndrico, com 298 cm3 e potência de 13 cavalos. Segundo a fabricante, o carro alcançava uma velocidade máxima de 95 km/h e tinha um consumo de 25 km/l. Além disso, o Romi-Isetta era elogiado por sua capacidade de vencer subidas íngremes.

Experiência de Pilotagem

Entrar no Romi-Isetta é uma experiência única. Com apenas um banco para dois lugares, o motorista se posiciona de pé sobre o piso do carro e se apoia na capota para se acomodar no banco. O câmbio, com suas posições invertidas e trocas feitas com a mão esquerda, requer um pouco de habilidade por parte do motorista. Os instrumentos são simples, com destaque para o velocímetro, que marca até 100 km/h, e três luzes-espia.

 

Romi-Isetta
Romi-Isetta

Desempenho e Conforto

O Romi-Isetta proporciona uma experiência de condução interessante. Apesar de sua suspensão cumprir bem o seu papel, as rodas de aro 10 limitam um pouco seu desempenho em terrenos acidentados. No entanto, os freios têm uma boa eficiência. Nos dias mais quentes, abrir o teto de lona é uma necessidade, já que os grandes quebra-ventos não conseguem ventilar adequadamente a cabine.

Produção e Recepção Pública

Cerca de 3.000 unidades do Romi-Isetta foram produzidas, mesmo após o encerramento oficial de sua fabricação. No entanto, o carro nunca foi levado muito a sério pelo público brasileiro. Era visto mais como uma excentricidade do que uma opção prática de transporte. Além disso, o Romi-Isetta não se beneficiou da política de incentivos à indústria automobilística durante o governo de Juscelino Kubitschek, o que tornava seu preço pouco competitivo em relação a outros modelos disponíveis no mercado.

Romi-Isetta
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Conclusão

O Romi-Isetta foi um carro exótico e único fabricado no Brasil. Sua fabricação, embora não tenha sido oficialmente considerada a produção do primeiro carro nacional, deixou sua marca na história automotiva do país. Com características originais, como a entrada pela parte da frente e a transmissão por correntes, o Romi-Isetta conquistou admiradores por sua peculiaridade. Apesar de não ter sido um grande sucesso comercial, seu legado permanece como um exemplo de inovação e ousadia na indústria automobilística brasileira.

Ficha Técnica – Romi-Isetta:

  • Motor: Monocilíndrico, 298 cm3
  • Potência: 13 cv a 5.800 rpm
  • Torque: 1,9 mkgf a 4.200 rpm
  • Câmbio: Manual, 4 marchas
  • Velocidade máxima (estimada): 95 km/h
  • Dimensões: Comprimento: 227 cm; Largura: 138 cm; Altura: 132 cm; Entre-eixos: 150 cm; Peso: 360 kg

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Fonte: Portal Auto

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