Carros Antigos Raros de Quatro Portas que Você Nunca Imaginou

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Carros Antigos raros de Quatro Portas que Você Nunca Imaginou Verdadeiros Tesouros Esquecidos

Os automóveis brasileiros carregam uma história fascinante, repleta de modelos únicos e surpreendentes que muitas vezes ficam à margem do conhecimento popular. Dentre essa vasta gama de veículos, existem algumas configurações de carroceria pouco conhecidas que merecem ser resgatadas do esquecimento. Neste artigo, vamos explorar 12 desses carros antigos de quatro portas que, apesar de sua raridade, deixaram uma marca indelével na indústria automotiva nacional.

Embarque conosco nesta jornada de redescoberta e prepare-se para se surpreender com as configurações inusitadas que a engenharia brasileira foi capaz de desenvolver ao longo dos anos. Desde sedãs incomuns a picapes com layouts peculiares, cada um desses veículos carrega sua própria história e representa um importante capítulo na evolução do automóvel no Brasil.

O Sedã Chevette: Uma Raridade Entre os Hatchbacks

O Chevette, um dos carros mais icônicos da indústria automobilística brasileira, é amplamente conhecido por suas versões hatchback. No entanto, poucos sabem que essa linha também contava com uma variante sedã de quatro portas, lançada em 1979 e produzida até 1987. Apesar de ter sido exportada com sucesso para outros mercados da América do Sul, essa configuração encontrou pouca aceitação entre os consumidores locais, que preferiam os modelos de duas portas.

Com uma produção extremamente limitada, o Chevette sedã é hoje uma verdadeira raridade, cobiçada por colecionadores que buscam preservar os últimos exemplares desse modelo tão singular. Sua existência serve como um lembrete de que, por vezes, a indústria automotiva nacional conseguia surpreender com soluções fora do comum, mesmo em meio a modelos consagrados.

O Volkswagen TL: Quando o Fastback Conquistou os Taxistas

Outra raridade da indústria automotiva brasileira é o Volkswagen TL, um sedã de quatro portas que surgiu como uma alternativa ao popular “Zé do Caixão”, o Sedan 1600. A Volkswagen tinha a intenção de criar um modelo que pudesse substituir esse clássico, mas, assim como o Chevette sedã, o TL encontrou pouca aceitação entre os consumidores locais, que preferiam os modelos de duas portas.

No entanto, essa configuração incomum acabou encontrando seu nicho entre os taxistas, que apreciavam o espaço interno e a praticidade do modelo. Além disso, o TL também foi exportado com certo sucesso para países como Nigéria, Chile e Venezuela, onde sua carroceria de quatro portas foi mais bem recebida.

O Volkswagen Kombi de Seis Portas: Uma Solução Inusitada

A lendária Volkswagen Kombi, um dos símbolos da indústria automotiva brasileira, também abrigava algumas configurações surpreendentes em sua vasta gama de modelos. Uma delas era a versão de seis portas, que oferecia uma solução inusitada para o transporte de passageiros.

Além dessa opção, a Kombi também contava com uma variante de picape de cabine dupla, que apresentava a particularidade de ter duas portas do lado direito e apenas uma do lado esquerdo. Essa solução, que antecedeu em cerca de 20 anos o lançamento do Hyundai Veloster, demonstra a criatividade dos engenheiros brasileiros na busca por soluções práticas e diferenciadas.

O Karmann Ghia Conversível: Uma Raridade Entre os Raros

O Karmann Ghia, com sua elegante carroceria cupê, já é considerado um modelo raro no Brasil, com apenas 23.400 unidades produzidas entre 1962 e 1971. Mas, entre essa raça de veículos, existe uma verdadeira raridade: o Karmann Ghia conversível.

Apenas 176 (ou 177, de acordo com algumas fontes) exemplares desse modelo foram fabricados a partir de 1968, tornando-o um verdadeiro unicórnio entre os carros antigos raros de quatro portas nacionais. Atualmente, um Karmann Ghia conversível em bom estado pode custar mais de R$ 100 mil, evidenciando o quão valioso e cobiçado é esse automóvel.

O Executivo da Willys: Uma Limusine Nacional

Enquanto o Itamaraty era o sedã de luxo da Willys, derivado do Aero, o Executivo era ainda mais sofisticado, com um entre-eixos alongado, conferindo-lhe ares de uma verdadeira limusine. Lançado em 1968, esse modelo contava com equipamentos exclusivos, como ar-condicionado e até um barbeador elétrico.

Apenas 27 unidades desse carro raro foram fabricadas, e uma delas chegou a servir à Presidência da República durante a ditadura militar. O Executivo da Willys representa uma faceta pouco conhecida da indústria automotiva brasileira, que se aventurava em soluções luxuosas e sofisticadas.

O Bernardão da Willys: Um Jipe Fora do Comum

Outra raridade da linha de veículos da Willys é o jipe CJ-6, mais conhecido como Bernardão. Esse utilitário tinha um entre-eixos 51 cm mais longo que a versão convencional, o que lhe permitia acomodar até seis ocupantes.

O apelido “Bernardão” faz referência tanto ao local de produção, em São Bernardo do Campo (SP), quanto ao tamanho do veículo. Essa configuração incomum do jipe da Willys é um exemplo da diversidade de soluções que a indústria nacional conseguia desenvolver, mesmo em segmentos mais tradicionais.

A Perua Simca Jangada: Uma Raridade Esquecida

Enquanto o sedã da linha Simca Chambord chegou a ganhar até uma música composta pela banca Camisa de Vênus, sua variante perua, a Jangada, permaneceu mais obscura. Lançada em 1963, quatro anos após a estreia do modelo de três volumes, a Jangada teve uma produção limitada e se tornou uma raridade nos dias atuais.

Os exemplares sobreviventes dessa perua esquecida são escassos e muito valorizados pelos colecionadores, que buscam preservar esse capítulo pouco conhecido da história automotiva brasileira. A Jangada é um lembrete de que, por vezes, os modelos menos badalados carregam consigo uma riqueza de detalhes e uma singularidade que merecem ser resgatadas.

O Sedã Ford Maverick: Um Luxo de Quatro Portas

Enquanto o cupê Maverick GT era a opção esportiva da linha, a versão sedã desse modelo trazia uma proposta mais luxuosa, com um entre-eixos maior e, consequentemente, um espaço interno mais generoso. No entanto, apesar dessas características, o sedã Maverick não conseguiu conquistar o público, talvez por já haver uma opção de quatro portas mais sofisticada na gama da Ford: o Galaxie.

Essa falta de aceitação fez com que o sedã Maverick se tornasse um dos carros raros da indústria automotiva nacional, com poucas unidades sobreviventes até os dias atuais. Sua existência serve como um lembrete de que, nem sempre, os modelos mais ousados ou diferenciados conseguem encontrar o mesmo sucesso que seus “irmãos” mais populares.

Conclusão: Redescobrir os Tesouros Esquecidos

Através desta jornada pelos carros antigos raros de quatro portas que você não conhecia, pudemos vislumbrar a riqueza e a diversidade da indústria automotiva brasileira. Esses modelos raros e incomuns representam uma faceta pouco explorada da história dos automóveis nacionais, revelando a criatividade e a capacidade de inovação dos engenheiros e designers que atuaram no país.

Ao resgatarmos essas configurações esquecidas, podemos não apenas satisfazer a curiosidade dos entusiastas, mas também valorizar o legado da indústria automotiva brasileira. Cada um desses veículos carrega consigo uma história única, um capítulo especial na evolução do automóvel no Brasil.

Portanto, que este artigo sirva como um convite para que você se aventure nessa redescoberta, explorando os tesouros esquecidos da indústria automotiva nacional. Afinal, quem sabe, um desses modelos raros não esteja esperando para ser resgatado e admirado por uma nova geração de apaixonados por carros.

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Fotos: Autopapo

Fonte: Autopapo

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